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terça-feira, 15 de outubro de 2013

O Projeto AMAZONAS

Moto Amazonas, um verdadeiro mito.
Existem admiradores até as datas de hoje desta colossal marca que chegou no mercado no final da década de 70,  e apesar das poucas unidades comercializadas, se mostrou ativa e importante no mercado.


Assim nasceu a Motovolks

Os mecânicos Luiz com seu amigo José Carlos Biston, de 28 e 29 anos respectivamente, gastaram mais de um ano, fazer a Motovolks 1500. Isto, a mais de 35 anos, a genialidade e simplicidade da dupla, nasceu um dos maiores mitos do motociclismo brasileiro, que até hoje cultuado nos inúmeros encontros por esse Brasil afora.


A estrutura da primeira Motovolks foi feita com pedaços dos quadros de uma Harley e de uma Indian 1200, enquanto a parte inferior foi construída artesanalmente e por incrível que pareça, foi aprovada pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas da USP.

Logo após essa aprovação, havia a necessidade de um lugar para a fabricação do próximo protótipo (que ostentava detalhes como o painel do Chrysler Esplanada e tanque em forma de caixão), os dois amigos então decidiram abrir uma oficina em São Paulo, na Avenida Dr. Salomão Vasconcelos 668, e construíram mais três Motovolks, cujo paradeiro delas atualmente é desconhecido.


Mas a história não termina aqui. Uma empresa de São Paulo, a Auto Importadora Ferreira Rodrigues, se interessou pelo projeto dos mecânicos, então nasceu em 15 de agosto de 1978, a Amazonas, que ganhou este nome para homenagear o maior estado brasileiro e a maior bacia fluvial do mundo, já que ela seria, na época, a maior motocicleta do mundo. A lendária AMAZONAS, única moto com marcha-a-ré, que foi considerada na época, a maior motocicleta do mundo. Foi a maior febre em todo o Brasil, pois nesta época, não havia importação de motos no Brasil, e o povo tinha que se conformar com algumas motos nacionais de baixa cilindrada.

A produção dos modelos da marca iniciou rapidamente, após 32 dias depois da criação da AME, com os modelos Turismo Luxo, Esporte Luxo e Militar Luxo. A moto era uma verdadeira salada de peças de carros da época, com peças de: Corcel, Fusca, Puma e até do caminhão 608 da Mercedes.


Ainda foram exportados alguns exemplares na década de 80 da Amazonas AME1600, com destaque para as que foram para Hussain Assad, presidente da companhia petrolífera oficial do Kwait, no início da década de 80 e para o Japão, onde chegou a ser capa de revista, bem como também, algumas unidades para os Estados Unidos, França, Alemanha e Suíça.

A Amazonas AME1600 é montada em um quadro tubular de berço duplo, que recebe o motor  VW AR1600, com 1.584 cm³, e potência de 56cv @ 4500rpm com o torque máximo de 10,8 mkgf @ 3000 rpm, a transmissão VW 013 era, inicialmente à do VW Brasília, com par final 3,875:1 (VW SP2) sendo, posteriormente, substituída pela do VW Gol 1.6 AR, a embreagem, monodisco a seco, é com acionamento mecânico por meio de cabo, a transmissão tem as engrenagens satélites, do diferencial original, travadas com a saída de torque apenas por um lado, onde é fixado o pinhão da transmissão final, que é por corrente, o consumo na cidade fica em torno dos 10 km/l, e em estrada, pode chegar até os 15 km/l, dependendo da condição de uso. A velocidade máxima no modelo “Quadro-Elástico Esporte”, chega aos 145 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h, é feita em 9 segundos.


Em 1986 a AME mudava de mãos, sendo adquirida por Guilherme Hannud Filho, mas sua história não iria muito mais longe. Infelizmente, nem tudo foi alegria na existência dessas "grandiosas motocicletas", pois com a abertura da economia brasileira no início da década de 90, as motos importadas vieram com tudo e detonaram com a AME, porque os preços das motos importadas caíram vertiginosamente. A empresa acabou encerrando suas atividades com um total próximo a 450 unidades, das quais mais de 100 destinadas a polícia e exército. Apenas oito unidades com side-car foram fabricadas.

No ano de 2007, chegou a notícia do lançamento de novos modelos, mas até o momento a marca não conseguiu emplacar o sucesso do passado, inclusive muitas pessoas nem se quer sabe que a marca resurgiu das cinzas.


Recentemente a revitalizada AME se associou ao empresário Pedro Bronzatti, que produz no interior de São Paulo uma custom com motor Volkswagen de projeto próprio, mas em baixa escala. Quase 100 kg mais leve e mais fácil de ser conduzida, a nova Amazonas está em desenvolvimento com motor equipado com injeção eletrônica e será montada na planta da empresa em Manaus, mas sem data de lançamento ou novas informações.

Atualmente a AMAZON MOTOS comercializa modelos OFF ROAD com 250cc e 400cc para CROSS.


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