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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

UM POUCO DE HISTÓRIA DA AGRALE

Vou contar um pouco da história de uma das montadoras que ainda faz parte na história do motociclismo no brasil, apesar de não ser mais fabricada, existem vários adeptos e apaixonados pela marca com modelos que marcaram época.



     A Agrale é uma empresa brasileira com sede em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, que pertence ao Grupo Francisco Stédile, quando adquiria a Indústria Gaúcha de Implementos e Máquinas Agrícolas S.A., AGRISA, e a transferia para Caxias do Sul, RS em em 14 de outubro de 1965. Produzindo motores a diesel, tratores, caminhões leves, chassis para ônibus, além de um utilitário esportivo e militar, o Marruá. Produziu também motocicletas em uma unidade já desativada em Manaus.
     Nos últimos tempos, a Agrale Amazônia S.A é a divisão de motocicletas da Agrale S/A., ainda pertencente ao Grupo Francisco Stedile, que engloba as empresas Agrale e suas subsidiárias (Agrale Amazônia e Agrale Montadora), Lavrale, Fazenda Três Rios, Germani Alimentos e Agritech (Yanmar Tratores). Por meio de um acordo tecnológico com a empresa italiana Cagiva, a Agrale é detentora das marcas Husqvarna e MV-Augusta, distribuídas no Brasil.
     O parque industrial da empresa, composto de equipamentos de última geração e tecnologia européia está montado em uma área construída 5.560 metros quadrados, onde são montadas as motocicletas e scooters.

MOTOCICLETAS

     Em 1983 deu início à produção de motocicletas e ciclomotores, após a aquisição da fábrica de ciclomotores Alpina e do acordo com a italiana Cagiva SPA, descontinuada em maio de 2006, dos quais foram produzidas 100 mil unidades. Os principais modelos fabricados foram:
Agrale SXT 16.5, SXT 27.5, Elefant 27.5, Dakar 30.0, Explorer, SST e Elefantre.

Agrale SXT 16.5

     As Agrales não decolaram logo de início. Havia problemas de qualidade e muitos se decepcionavam com o baixo torque do motor de 125 cm3. Com tecnologia Cagiva, a Agrale foi conquistando seu espaço nas ruas e, sobretudo, nas trilhas, com a moderna tecnologia de motores dois-tempos com alta potência específica e o temperamento quente habitual dos veículos italianos: com esses predicados a Agrale conquistou seu espaço (ainda que pequeno) do mercado nacional para suas motos de uso misto das linhas SXT/Elefant e Elefantré.


     Para melhorar a robustez e a qualidade, muitos componentes e sistemas foram revistos, entre eles pistão, biela, radiador, vedação da bomba dágua, válvula termostática e filtro de ar. E surgia a Explorer (logo renomeada 27.5 E, pois o nome rava de propriedade da Yamaha), versão da SXT 27.5 preparada de fábrica para o fora-de-estrada e as competições de enduro, que se tornaria grande sucesso.


     Mas as outras Agrales começavam a perder atrativos, indicando a necessidade de uma renovação da linha, conforme os passos da Cagiva com sua Elefantre - fusão das palavras elefant e tre, ou três em italiano. Lançada em março de 1989, a Elefantre marcava um segundo tempo para a Agrale, até mesmo pela origem: era fabricada em Manaus, AM, em uma nova fábrica de 6.000 m² construída para usufruir de benefícios fiscais do governo, que compunham o PPB ou Processo Produtivo Básico. Suas linhas eram modernas e atraentes, com predomínio de retas e ângulos, um tanque amplo - mas menos incômodo às pernas do piloto que o da Elefant - e um banco que o envolvia. Detalhes interessantes eram a barra de alumínio que enrijecia o pára-lama dianteiro e o painel, um bonito e bem iluminado CEV italiano.


     Em 1993 o mercado de motos era agitado por uma nova fase do PPB, permitindo às fábricas montar em Manaus motos com componentes importados, sem o imposto correspondente, por um período limitado. Para a Agrale isso representou grandes mudanças, começando pela Husqvarna WR 250 e a Cagiva Super City 125, passando por modelos maiores do grupo (incluindo MV Agusta) e chegando à pequena Legion 125, com motor de quatro tempos.



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